No Norte do Paraná, onde os colonos alemães desbravaram terras e ergueram suas casas de madeira, havia algo que consideravam com tamanha importância quanto as lavouras que cultivavam: a educação de seus filhos. Em um cenário onde a imensidão verde das plantações e das matas se estendia até o horizonte, eles compreenderam desde cedo que o conhecimento era o melhor legado que poderiam deixar para as gerações futuras.

Foi assim que, em 26 de junho de 1931, a poucos quilômetros do patrimônio de Londrina, o povoado do Heimtal viu o nascimento da "Escola Alemã". Mantida pela Sociedade Escolar, a modesta construção de madeira, abrigando sonhos e promessas de um futuro melhor, tinha à frente o professor Blumberg que, com sua sabedoria e dedicação, guiou os primeiros passos daquelas crianças curiosas, que ansiavam por novos conhecimentos.

Entre 1934 e 1938, os professores Alfredo Bauer e Edmundo Starck assumiram a missão de educar os jovens alemães da região. A semente da educação estava plantada e germinava vigorosamente. No ano de 1939, a "Escola Alemã" evoluiu para se tornar parte do ensino oficial do município, com a prefeitura assumindo sua responsabilidade e nomeando o primeiro professor municipal para a escola. Um marco que demonstrou o comprometimento das autoridades com a educação da comunidade.

E em 1945, um decreto do prefeito Munhoz de Melo conferiu à escola de Heimtal, que já funcionava em nova sede, o nome de “Padre Anchieta”, honrando o legado daqueles que haviam dado os primeiros passos na árdua jornada da educação na região. 

Fontes: Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss, Boletim No  6, 1982. / Acervo Londrina Histórica.

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