O Museu do Café emerge como um portal para as diversas fases do ciclo cafeeiro que moldaram a região Norte do Paraná. Cada objeto, cada imagem, é uma fatia da história, que transcende os anos e encontra seu lugar nas galerias desse espaço.

Este museu é um testemunho do esforço coletivo e da paixão pela memória. O Sesc PR convocou os habitantes de Londrina e do Norte do Paraná para compartilharem suas recordações, para trazerem à luz fotografias, documentos e artefatos que narram o curso do tempo. A resposta foi um fluxo de histórias, um mosaico de momentos capturados no âmbar da memória.

Entre as colaborações que enriqueceram o acervo, estão os gestos de figuras como Carlos Antonio Amaral Monteiro, corretor de cafés, presidente da A Rural Corretora de Cafés e Cereais e ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Café no Estado do Paraná (Sincafé), que formalizou a entrega de diversos itens ao museu, entre eles uma coleção completa de mais de 500 xícaras e uma mesa de degustação de cafés. 

Darcy Ramires Paulo, ex-gerente regional da Inter Continental de Café S/A, já aposentado da função da empresa em que trabalhou por quatro décadas, entregou seu próprio testemunho visual, uma colagem de fotografias, documentos e objetos que carregam memórias ao longo dos anos. E o museu continua a receber doações para composição do acervo.

Mas o Museu do Café é muito mais do que um relicário do passado. É um convite para contemplar a era do auge, o estrondo do declínio causado pela geada implacável de 1975, e a resiliência que trouxe inovação à produção, mantendo vivo o legado de produzir um dos melhores cafés do mundo. É um tributo à tradição e à inovação, um testemunho de que, através das linhas do tempo, o café continua a ser uma força que nos conecta com as raízes e eleva os sentidos.

O museu está localizado na rua Sergipe, 52.

Fontes: Sistema Fecomércio Sesc Senac PR / Acervo Londrina Histórica.

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