1932
Era o ano de 1932, entre maio e agosto, quando Londrina testemunhou a inauguração de seu primeiro hotel comercial: o Hotel Luxemburgo. Erguido para suprir a demanda de um espaço mais confortável e espaçoso, o hotel abriu suas portas para os visitantes e compradores de lotes que desembarcavam na promissora cidade.
O empreendimento era propriedade do engenheiro Gregorius Rosenberger. Todo construído em madeira, abrigava 25 quartos, cada um deles dotado de lavatórios, e no final do corredor, seis banheiros para o uso coletivo. Havia uma varanda e um jardim encravado em meio a um palmital.
Rosenberg tinha origem alemã, natural da região da Baviera. Mas o destino, ainda na Europa, o levou para o Grão-Ducado de Luxemburgo. Lá, em 11 de abril de 1894, casou-se com Valéria Buchholtz, em uma cerimônia realizada em Hollerich, uma cidade vizinha da capital luxemburguesa, hoje transformada em bairro da cidade de Luxemburgo. Dessa união, e na mesma localidade, nasceram dois filhos: Ernest Kilian Joseph Rosenberger, em 13 de março de 1895, e Adolph Jean Pierre Rosenberger, em 11 de outubro de 1897.
O nome do hotel, portanto, é uma homenagem à terra que lhe trazia boas memórias. Gregorius faleceu em 19 de junho de 1939, deixando para trás um legado marcado pelo pioneirismo e visão empreendedora. Coube ao filho Ernest conduzir o negócio. Mas, pouco tempo depois, em dezembro de 1940, o Hotel Luxemburgo foi vendido para Franz Hesselmann, que manteve o nome original do hotel.
No entanto, a turbulência da II Guerra Mundial e as restrições impostas aos nomes estrangeiros obrigaram o estabelecimento a adotar uma nova identidade: Hotel América. Sob esse novo título, o hotel desempenhou um papel central na história local, hospedando prefeitos eleitos, como Willie da Fonseca Barbazon Davids, Hugo Cabral e Milton Ribeiro de Menezes. Além disso, o Hotel América teve a honra de receber dois presidentes da República, Getúlio Dorneles Vargas e Eurico Gaspar Dutra, que encontraram ali um refúgio durante suas visitas a Londrina.
Em 1948, uma nova fase se iniciou para o hotel, marcada por uma reforma que o transformou por completo. As antigas paredes de madeira deram lugar à alvenaria, e o número de quartos aumentou para 58, cada um com seu próprio banheiro privativo. Em 1957, o América mudou de nome. Passou a se chamar Franz Hotel – uma referência ao nome do proprietário.
Fontes: Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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