Londrina

Londrina, cidade que cresce...

1930


Londrina ao longo de décadas testemunhou um notável e contínuo crescimento e desenvolvimento. Na primeira década após a sua fundação, o comércio floresceu tornando a cidade um centro comercial em ascensão. Empresas paulistas se instalaram na região, trazendo consigo produtos alimentícios, armarinhos e atacados. No entanto, a indústria local ainda dependia de outras regiões que tinham  estágio de industrialização mais avançado, limitando-se a processar a matéria-prima local, como máquinas de café e cereais.

Apesar dessa dependência, os londrinenses demonstraram preocupação com a ocupação do solo e realizaram importantes melhorias no final dos anos 1940. Foram implantadas galerias pluviais, construídas escolas e elaborado um plano urbanístico para garantir um crescimento ordenado.

Na década de 1950, Londrina já era reconhecida como uma cidade importante do interior do Brasil. O setor primário, impulsionado pela produção cafeeira no norte do Paraná, contribuiu para uma considerável expansão urbana. A população aumentou rapidamente, passando de 20.000 para 75.000 habitantes, destes, cerca da metade pertencia à área rural. A cidade já possuía um complexo urbano, com faculdades, colégios, postos de saúde, hospitais, rádios e espaços destinados ao lazer.

Foi nos anos 1960 que os primeiros conjuntos habitacionais surgiram, proporcionando moradia para as populações mais necessitadas da sociedade londrinense. Esses centros habitacionais, construídos pela COHAB, localizavam-se a uma distância de 6 a 7 quilômetros do centro da cidade. Além disso, nessa época, o Serviço de Comunicação Telefônica de Londrina (SERCOMTEL) foi criado, trazendo mais avanços para a cidade.

Nos anos 1970, sem parar de crescer, Londrina chegou a uma população de 230.000 habitantes e a cidade passou a conectar sua produção agrícola com o mercado externo. Nesse momento, os primeiros centros industriais foram estabelecidos, visando ao desenvolvimento industrial coordenado e incentivado. A prestação de serviços também se expandiu, com melhorias na educação, sistema de água e esgoto, pavimentação, energia elétrica e comunicação. Além disso, marcos icônicos como o Parque Arthur Thomas, a nova Catedral e o Ginásio de Esporte Moringão foram construídos.

Chegaram os anos 1980. Nessa época, o poder público demonstrou uma preocupação com o desenvolvimento comercial e também implementou medidas como a retirada da ferrovia do centro da cidade e a criação de vias expressas (Expressa Norte - Sul e da Avenida Leste-Oeste). 

Londrina foi reconhecida como polo regional de bens e serviços, com o status de terceira cidade mais importante do Sul do Brasil nos anos 1990. Nessa época, foi desenvolvido o primeiro Plano Diretor. A região central se destacava pela construção civil em expansão, com numerosos edifícios de médio e alto padrão. Além disso, a região Norte, anteriormente predominantemente rural, se tornou a maior área residencial da cidade, com conjuntos habitacionais financiados pelo Banco Nacional de Habitação (BNH).

Londrina cresceu constantemente, consolidando-se como o principal ponto de referência do Norte do Paraná e exercendo grande influência e atração regional.

Fontes: CASTELNOU, Antonio Manoel N. “Panorama geral da arquitetura londrinense”. 1996. Monografia (Graduação de Arquitetura e Urbanismo) – CESULON, Londrina. / Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. “Colonização e desenvolvimento do norte do Paraná”. 1975. (Publicação comemorativa do cinqüentenário da CMNP) / Acervo Londrina Histórica.

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