Londrina

Hikoma Udihara: o pioneiro dos pioneiros – parte 2

1932


Um agente de mudanças e um defensor incansável do progresso local. Desde os primeiros momentos da Companhia de Terras Norte do Paraná, Hikoma Udihara assumiu um papel fundamental. Tornou-se o agente exclusivo da colonizadora para as negociações de terras com os japoneses e assim vendeu os dois primeiros lotes da Companhia. Reconhecido como o maior propagandista do Norte do Paraná, negociou terras de Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Marialva, Maringá, Cianorte, Umuarama - todos os lugares onde a Companhia de Terras atuou. 

Mas ele não era apenas um homem de negócios. Era um idealista apaixonado por Londrina e, em sua busca por contribuir para a comunidade, fundou a ACEL - Associação Cultural e Esportiva de Londrina, visando preservar e promover a cultura nipônica. A primeira bicicletaria da cidade de Londrina foi financiada por ele. Doou um terreno ao Banco América do Sul, com o objetivo de trazer uma instituição financeira japonesa para a cidade. Além de suas contribuições para o desenvolvimento econômico e social, por ser um católico convicto, adquiriu um dos três primeiros sinos da Igreja Matriz de Londrina. 

Hikoma também foi o primeiro cineasta da cidade. Captou imagens de 1932 a 1962, registrando em cerca de 10 horas, em material 16mm, ícones do desenvolvimento de Londrina e a rotina dos japoneses na cidade.

Seu compromisso e dedicação foram reconhecidos. Recebeu os títulos de Cidadão Honorário de Londrina e do Paraná. Recebeu o Diploma de Pioneiro e Honra ao Mérito do Governador Ney Braga, em 1962, por ser "pioneiro Introdutor da Colonização Japonesa na Região Norte do Estado". Seu trabalho também foi reconhecido pelo próprio Imperador Hiroito, do Japão, que o condecorou em 1966.

Ele vendeu terras até o final da década de 1960. Faleceu em 1972, na cidade de São Paulo. Ele tinha paixão por Londrina e o Norte do Paraná. Tanto que depois de um certo tempo, a família comprou um jazigo no Cemitério São Pedro, em Londrina, para onde levou os restos mortais de Hikoma Udihara. 

Fontes: “Memória: Produção Cinematográfica em Londrina”, de Caio Julio Cesaro – monografia  de conclusão do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, Universidade Estadual de Londrina, 1995 / “A Saga dos Japoneses no Paraná – de imigrantes a pioneiros”, de Homero Oguido. 2ª edição, Curitiba, 1.988. Gráfica Ipê. / Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss e Londrina Histórica / Acervo Londrina Histórica. 

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