1930
Nos anos 1930, o propósito para Londrina era que a localidade servisse de ponto de partida, coordenação e promoção do plano de colonização da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). A cidade seria, segundo as expectativas da empresa colonizadora, um centro coletor de matéria-prima e de distribuição de bens de produção e serviços aos moradores.
Um plano idealizado e realizado a partir das terras roxas e da novidade introduzida pela Companhia que foi a repartição dos terrenos em porções menores, promovendo, desta forma, a oportunidade para aqueles sem posses adquirirem pequenos lotes. O resultado foi um fluxo migratório comparável à marcha dos pioneiros em direção ao oeste americano (SHIMBA, 1999). Como desdobramento ocorreu a concentração da produção, com destaque para a cultura do café, a explosão demográfica, a expansão de núcleos urbanos e o aparecimento de classes médias rurais.
A abertura da estrada do Sertão, no início chamada de rua Heimtal e atualmente denominada avenida Duque de Caxias, feita pela Companhia de Terras Norte do Paraná, é considerado o marco inicial da urbanização de Londrina. Sendo o primeiro lote adquirido em área urbana por Alberto Koch, em 1930. Era um terreno na esquina da rua Heimtal com a avenida Paraná. Logo, diversas edificações em madeira foram surgindo pela avenida Paraná no rumo do que hoje conhecemos como centro histórico da cidade, e, então para oeste, em direção à atual rua Quintino Bocaiúva, que nasce da continuidade da avenida Paraná (Calçadão).
No mapa de 1934, de autoria de Alexandre Razgulaeff, a rua Quintino Bocaiúva tinha a extensão de poucas quadras e era denominada rua Nova Dantzig. Ao longo especialmente da década de 1940, essa via adquiriu estrutura comercial, com a instalação de uma série de atacadistas de gêneros alimentícios e de armarinhos, que em sua maioria eram filiais de empresas paulistas.
Naquele tempo, a avenida Paraná acabou se configurando como o caminho mais usado para se atravessar a cidade. E, por consequência, a rua Quintino Bocaiúva ganhou importância por constituir o trajeto natural que ligava as cidades de Jatahy (atual Jataizinho) e Nova Dantzig (atual Cambé); também como acesso para as demais cidades que foram sendo criadas pela Companhia de Terras Norte do Paraná.
Fontes: “Estudo: Rua Quintino Bocaiúva” - Disciplina: Técnicas retrospectivas - Equipe de pesquisa: alunos do 4º ano Integral e Noturno - Arquitetura e Urbanismo – UNIFIL – 2011 / Acervo Londrina Histórica. / Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Prefeitura Municipal de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
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