1959
A Guerra do Pente, ocorrida em dezembro de 1959, foi uma das maiores revoltas populares de Curitiba e foi motivada pela recusa da emissão de uma nota fiscal na compra de um pente de cabelo.
No entardecer do dia 08 de dezembro do referente ano, o subtenente da Polícia Militar do Paraná, Antônio Tavares, foi à loja Bazar Centenário, localizada na praça Tiradentes, para adquirir um pente para uso próprio. Após a sua compra, exigiu a emissão de nota fiscal, porém o dono da loja, Ahmed Najar, recusou, provavelmente porque o valor mínimo para emitir a nota era de 50 cruzeiros, enquanto o pente custava 15.
Após a recusa da nota fiscal, a confusão se iniciou e o subtenente proferiu uma série de insultos ao lojista.
Com a briga, Tavares foi arremessado para fora da loja e teve sua perna quebrada, assim, muitas pessoas que estavam nas redondezas, como no Bar do Rei, invadiram e depredaram o espaço.
A partir dessa situação, a confusão geral tomou conta e diversas outras lojas de sírios e libaneses também foram invadidas e saqueadas, e o conflito durou até a madrugada, quando a polícia e os bombeiros contiveram momentaneamente o movimento.
No dia seguinte, a revolta novamente tomou conta da praça Tiradentes, e o então governador Moysés Lupion, pediu a intervenção do exército nas ruas. Foi somente no terceiro dia que a paz foi restaurada, e muitos afirmam que o encerramento da revolta se deu pela morte por infarto do senador do PTB Abilon de Sousa Naves.
As três fotografias retratam diferentes momentos da revolta, sendo a primeira a prisão de um comerciante e a tentativa de ataque da PM ao fotógrafo da imagem. A segunda, a detenção de Salim Mattar, dono da Casa Três Irmãos, localizada na praça Tiradentes, e a terceira, veiculada pelo jornal Diário da Tarde, o tanque de guerra durante a intervenção do exército.
Fontes: Acervo Curitiba Histórica / Grupo Antigamente em Curitiba / Acervo Janaína Fromohls / Turistória
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