1936
A passagem do dirigível alemão 'LZ 129 Hindenburg' por Curitiba causou frenesi nos moradores da cidade. Considerada a maior aeronave já construída e símbolo do poder nazista, normalmente fazia o trajeto entre a Alemanha e o Rio de Janeiro, com escalas em Recife. No entanto, em dezembro de 1936, a nave, fabricada pela empresa alemã Zeppelin, mudou a rota e passou pelo sul do Brasil, visitando cidades como Joinville, em Santa Catarina, Curitiba e o litoral paranaense, nas cidades de Antonina e Paranaguá.
Na imagem, o dirigível aparece sobrevoando a praça Santos Andrade, em um trajeto que incluiu a praça Tiradentes e a rua XV de Novembro. Com 245 metros de comprimento e 41 de diâmetro, além de capacidade para levar até 72 passageiros, mais os tripulantes, o Hindenburg era preenchido com 200 mil metros cúbicos de hidrogênio, o equivalente a cerca de 80 piscinas olímpicas.
O recorde de autonomia foi de 14 mil quilômetros, uma das maiores até a atualidade. No entanto, o dirigível tinha velocidade relativamente baixa (135 km/h), se comparada aos aviões modernos, que alcançam 850 a 900 km/h.
O trágico fim do Hindenburg ocorreu no ano seguinte, em 1937, após 77 horas de voo, no trajeto entre Frankfurt, Alemanha, e Nova Jersey, nos Estados Unidos. Uma descarga elétrica teria atingido a aeronave, iniciando um incêndio. Na tragédia, 36 das 97 pessoas a bordo perderam a vida.
Fontes: Acervo Curitiba Histórica UOL / Blog Paulo da Fígaro.
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