1951
Com texto de Marco Antonio Deprá.
Filho de Julio Moletta e de Margarida Maurer Moletta, Raul Maurer Moletta nasceu em 2 de outubro de 1915 na localidade de Itaiacoca, no município de Ponta Grossa, Paraná.
Em dezembro de 1928 foi aprovado no exame de admissão ao Gymnasio Paranaense, conforme informado na edição de 16 de janeiro de 1929, do periódico A República, de Curitiba.
Em 23 de outubro de 1939, com 24 anos de idade, Raul se casou em Curitiba com Havany Werneck de Capistrano, nascida 19 de julho de 1916. No dia 30 de junho de 1940, nasceu na capital paranaense a primeira filha do casal: Relci Resi Moletta. Em 1944 nasceram na mesma cidade os gêmeos Raul Pedro Moletta e Rubens Paulo Moletta, ambos falecidos em setembro do ano seguinte.
Raul Moletta se formou como médico em 1944, na Turma Professor Victor do Amaral da Faculdade de Medicina de Curitiba. A edição de 17 de março de 1945, do periódico Diário da Tarde, de Curitiba, traz o anúncio do Dr. Raul M. Moletta: “Médico, clínica geral, vias urinárias, sífilis e moléstias de senhoras”. Seu consultório ficava na rua Emiliano Perneta, nº 159, no bairro Portão, em Curitiba.
Ainda em meados da década de 1940, Raul transferiu residência para Mandaguari, no Norte do Paraná, onde também começou a dedicar-se à política. A edição de 1º de dezembro de 1946, do Diário do Paraná, informa que em 1º de novembro daquele mesmo ano houve a reunião do Diretório Municipal da União Democrática Nacional (UDN), realizada em Mandaguari, no município de Apucarana, sob a presidência do Dr. Raul Moletta.
Raul Moletta foi candidato ao cargo de vereador nas primeiras eleições do recém-criado município de Mandaguari, ocorridas em 16 de novembro de 1947. Na ocasião, foram eleitos os seguintes vereadores para a 1ª legislatura (1948-1951) da Câmara Municipal de Mandaguari:
Raul Moletta assinou artigo político contra o prefeito de Mandaguari, Décio Medeiros Pullin, na edição de 4 de maio 1948 do periódico Diário da Tarde junto com Cariovaldo Andrade Ferreira e Arlindo Planas, todos vereadores em Mandaguari.
Em 14 de dezembro 1949, quando da fundação da Sociedade Médica de Maringá, o Dr. Raul Moletta não foi um de seus sócio-fundadores, o que leva a crer que ainda morava em Mandaguari. Em 17 de fevereiro de 1951, Moletta foi um dos 16 médicos que assinaram a Tabela de Honorários Médicos que passou a vigorar a partir de 1º de março de 1951 em Maringá, indicio de que naquela época já estava residindo na nova cidade.
Em 9 de novembro de 1952 foi um dos candidatos na eleição para prefeito no recém-criado município de Maringá. Candidatou-se pelo Partido Social Progressista (PSP) e procurou associar-se à imagem do líder nacional de seu partido, Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo.
À época, Maringá contava com 8.618 eleitores sendo que compareceram às urnas 5.813 eleitores. O resultado do pleito foi o seguinte:
Segundo o cronista Jorge Ferreira Duque Estrada, o médico Raul Moletta usava barbas avermelhadas e não dava muita importância ao dinheiro. Receitava na rua, nos bares, ou de dentro de um jipe. Todo mundo gostava dele, principalmente a caboclada que lhe “filava” as consultas. Assim, tornou-se popular e querido. Em seu livro Terra Crua, Duque Estrada diz que o Dr. Raul Maurer Moletta era uma “avis rara”, por ser paranaense, tinha uma filosofia anti-abstêmica: “traçava” um conhaque, uma pinga ou cerveja, sem qualquer complexo. Ainda de acordo com Duque Estrada, o Dr. Raul era um filosofo que trocou a medicina por um cartório em Paranavai.
Na edição de 13 de outubro de 1956, no periódico Diário do Paraná, de Curitiba, há um comunicado sobre um mandato de segurança impetrado em Paranavaí pelo Dr. Raul Moletta contra ato do governador do Estado do Paraná. Isto pode indicar que naquela época residia de fato em Paranavaí.
Raul Maurer Moletta faleceu em Curitiba no dia 5 de maio de 1962, aos 46 anos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Água Verde. À época residia na avenida Iguaçu, nº 2.513, na capital paranaense. Segundo o anúncio de falecimento, deixou viúva e os seguintes filhos: Raul Carlos; Relci; Resli; Roney; Rubens.
Fontes: Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Contribuição e texto de Marco Antonio Deprá / Acervo Maringá Histórica.
1952
Durante a primeira campanha eleitoral para prefeito e vereadores de Maringá, em 1952, diversos folhetos apócrifos circularam pela cidade.Acima, um daqueles impressos. Neste, o foco foi atacar o candidato a prefeito Ângelo Planas (PR) e destacar a importância de seu rival, Inocente Villanova Jr. (PTB), que acabou vence[...] Leia mais
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