Guizaku Nishioka, com resiliência e inovação, foi um dos pioneiros que contribuíram para o crescimento econômico da cidade nos  primeiros anos.  Chegando em 1934, Nishioka foi um dos muitos atraídos pela promessa de prosperidade divulgada pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). Com uma visão empreendedora, ele fundou a Casa Azul, um ponto de comércio essencial para a Londrina nascente.

Antes de se estabelecer em Londrina, Nishioka teve uma trajetória marcada por desafios e aprendizados. Imigrante japonês, chegou ao Brasil em 1920, iniciando sua vida trabalhando em lavouras de arroz em São Paulo. Sua jornada no comércio começou modestamente em Sete Barras, onde adquiriu a experiência que o levaria a Londrina para abrir a Casa Azul em 1934. 

Este estabelecimento rapidamente se tornou um marco na cidade, fornecendo desde alimentos e bebidas até ferramentas agrícolas e tecidos. A Casa Azul prosperou, graças à localização estratégica e à diversidade de produtos que atendiam tanto aos moradores locais quanto aos agricultores da região. 

Nishioka também era profundamente envolvido na comunidade, contribuindo para a fundação da Associação Comercial de Londrina em 1937, refletindo seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social da cidade. Além do comércio, Nishioka expandiu seus interesses para a cafeicultura, possuindo propriedades em Londrina e Arapongas e estabelecendo uma unidade de beneficiamento de café. 

Casado com Uno e pai de sete filhos, a família Nishioka residia nos fundos da Casa Azul. Após sua morte em 1949, seu filho Tuneo assumiu a liderança dos negócios, mantendo viva a veia empreendedora da família até a venda do estabelecimento na década de 1950.

A foto mostra a rua Sergipe, esquina com a rua Pernambuco, nos anos 1940.

Fontes: Memórias fotográficas: a fotografia e fragmentos da história de Londrina. Paulo César Boni, Rosana Reineri Unfried e Omeletino Benatto. Midiograf, 2013. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.