1954
Kazuo Tsuchiya, natural da Província de Nagano, cidade de Ueda, no Japão, nasceu em 22 de abril de 1905. Ele era filho de Aiji Tsuchiya e Hatsu Tsuchiya. Em 1918, embarcou no navio Samuki-Maro, desembarcando no Brasil no mês de outubro, aos 13 anos de idade. Em 1929, retornou à sua terra natal para se casar com Shigueno Tsuchiya. Ao voltar para o Brasil, acompanhado de sua esposa e seu irmão caçula Yushiro Tsuchiya, estabeleceu-se no interior de São Paulo, trabalhando no comércio de alimentos em localidades como São Carlos e Promissão.
No ano de 1954, atraído pela fertilidade da terra roxa, decidiu estabelecer-se em Londrina, fixando residência no patrimônio de Taquaruna, onde trabalhou como porcenteiro em um pequeno sítio de cultivo de café. Permaneceu nesse local até o ano de 1962, quando comprou um sítio no distrito de Guaravera.
Cultivou café e foi um dos pioneiros do Distrito no cultivo de uva itália, incentivando os vizinhos da comunidade no plantio dessa fruta. Entusiasta da diversificação agrícola, em seu imóvel rural, o Sítio Santa Cecília, além do café e da uva, cultivou noz pecã, pera, kiri (espécie de árvore nativa do Oriente, extremamente leve, usada na construção civil e naval), maçã Anna e guapuruvu (árvore nativa no Brasil que, por ser leve e de rápido crescimento, era muito utilizada na fabricação de caixaria) e com a qual foi matéria de capa do Caderno Suplemento Agrícola do jornal O Estado de S. Paulo, em 30 de janeiro de 1972.
Para além de suas atividades agrícolas, Kazuo jamais deixou suas atividades intelectuais. Era um grande incentivador da difusão da cultura japonesa. Tornou-se um entusiasta praticante da poesia tradicional japonesa, conhecida como haikai, e compartilhou suas habilidades com os alunos das escolas de língua japonesa (nihongako), as quais ele ajudou a fundar. Em diversas destas escolas, foi professor voluntário, ministrando aulas para crianças e jovens. Incentivava os alunos a desenvolver o haikai. Durante décadas, ele manteve contato com poetas de São Paulo, tanto da capital quanto do interior. Enviava mensalmente haikais pelo Correio, que eram publicados no Jornal Paulista, um periódico em língua japonesa. Utilizava o pseudônimo de Sanam Tsuchiya.
Kazuo Tsuchiya faleceu próximo dos 77 anos, em 17 de abril de 1982, deixando a viúva Shigeno Tsuchiya, um filho e três netos. Em reconhecimento às suas realizações, o município prestou-lhe uma homenagem por meio da Lei nº 12.141/2014, denominando uma via pública no Jardim Tenerife, localizado na Gleba Limoeiro, com seu nome.
Fontes: Câmara Municipal de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
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